
Quando Aryna Sabalenka, tenista bielorrussa bateu a americana Amanda Anisimova em sets diretos, o US Open 2025USTA Billie Jean King National Tennis Center ganhou um capítulo histórico. O duelo, disputado no último dia 6 de setembro, selou o quarto Grand Slam da bielorrussa e manteve seu posto de número 1 no ranking mundial até o fim da temporada.
História recente da US Open e os recordes de defesa
A US Open, que completa 145 edições em 2025, sempre foi palco de grandes histórias. No feminino, a última jogadora a repetir o título foi Serena Williams em 2014, quase uma década antes. Desde então, poucas conseguiram manter o domínio, o que torna a façanha de Sabalenka ainda mais impressionante.
A organização responsável, a United States Tennis Association, ressaltou em comunicado oficial que “defender um Grand Slam exige não só talento, mas resistência mental excepcional”. O torneio de 2025 começou em 18 de agosto e se estendeu até 7 de setembro, com milhares de espectadores nas arquibancadas de Flushing Meadows.
O caminho de Sabalenka para a final
Antes de chegar à quadra central, a bielorrussa percorreu um trajeto que misturou obstáculos e oportunidades. Nas primeiras rodadas, derrotou a espanhola Rebeka Masarova e a russa Polina Kudermetova. Nos quartos de final, encerrou a partida contra a canadense Leylah Fernandez, mostrando a mesma agressividade de sempre.
Um incidente inesperado ocorreu nas quartas de final, quando a tcheca Markéta Vondroušová precisou se retirar por lesão, concedendo a Sabalenka um walkover direto para as semifinais. Lá, enfrentou Jessica Pegula — a mesma final de 2024 — e venceu em três sets, revertendo a derrota da temporada passada em Wimbledon.
Essas vitórias alimentaram a confiança da atleta, que já havia conquistado o Australian Open no início do ano e defendido o título também, tornando 2025 um dos anos mais vitoriosos da sua carreira.
A final: Sabalenka vs. Anisimova
O confronto começou com ambas as jogadoras segurando o serviço, mas Sabalenka logo impôs seu ritmo potente. O primeiro set terminou 6‑4, com a bielorrussa quebrando no momento crucial do tie‑break. O segundo set foi ainda mais tenso: chegou a 6‑6 e, surpreendentemente, Sabalenka converteu seu 20º tie‑break consecutivo — uma sequência que já ultrapassa a marca de 19 alcançada no início da temporada.
Quando o placar chegou a 5‑5 no terceiro set, a americana começou a chorar visivelmente. Sabalenka, ao notar a expressão, se aproximou, deu um abraço e disse: “Eu sei como dói perder uma final. Quando você conquistar a primeira, vai valorizar ainda mais as próximas”. A frase ganhou eco nas arquibancadas e nas redes sociais.
Com três pontos de match‑point, Sabalenka fechou a partida 7‑5, 6‑7(4), 7‑5, garantindo o título sem precisar de um terceiro tie‑break.

Reações, celebração e significado
Durante a entrega da taça, a vencedora agradeceu emocionada à sua equipe técnica: “Eu fui terrível nos treinos, mas valeu a pena. Amo vocês, são a minha família”. Poucos minutos depois, ela anunciou que a primeira parada seria no bar do complexo, onde “vai tomar um drink para comemorar todo o trabalho duro”. A cena foi capturada por câmeras ao vivo, gerando milhares de visualizações em instantes.
- Sabalenka conquistou seu quarto Grand Slam.
- Ela se torna a primeira a defender o US Open desde 2014.
- O ranking mundial terminou 2025 com ela como número 1.
- O público presente superou 30 mil pessoas no dia da final.
Para Anisimova, apesar das lágrimas, a presença na final de Wimbledon e agora do US Open mostrou constância. Em entrevista, a americana comentou: “Ainda não alcancei o título, mas estou mais perto a cada grande torneio”.
O que vem a seguir para as duas atletas
Com o calendário de 2026 já anunciado, Sabalenka tem a temporada de “defesa” pela frente: o Australian Open, Roland Garros e Wimbledon. Analistas apontam que seu jogo agressivo, aliado a um apoio técnico sólido, a coloca como favorita em cada parada.
Anisimova, por sua vez, deve focar no ajuste de seu saque, que tem sido um ponto fraco nas finais. Treinadores afirmam que a jovem tem potencial para quebrar o ciclo de vice‑campeã se mantiver a disciplina mental observada em 2025.
Em resumo, o duelo entre talento e experiência promete manter o tênis feminino no centro das atenções nos próximos anos, com ambas as jogadoras protagonizando confrontos memoráveis.
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Sabalenka afeta o ranking mundial?
Com os 2000 pontos do título, Sabalenka consolidou a liderança e ampliou a margem sobre a segunda colocada em mais de 400 pontos, garantindo a posição de número 1 até o próximo Grand Slam.
Por que defender o US Open é tão raro no tênis feminino?
A combinação de superfície rápida, calendário apertado após Wimbledon e alta pressão psicológica faz com que poucos mantenham o nível de performance necessário para repetir o feito, como aconteceu apenas duas vezes nas últimas duas décadas.
O que a derrota significa para a carreira de Anisimova?
Mesmo sem o troféu, alcançar duas finais de Grand Slam seguidas eleva sua classificação para o top 5 e aumenta a confiança da equipe técnica, que já trabalha em ajustes de saque para transformar esses momentos em títulos.
Qual a importância da US Open no calendário dos Grand Slams?
Como último Grand Slam do ano, a US Open funciona como ponto de definição das posições finais no ranking, influenciando as cabeças de chave para a temporada seguinte e servindo de vitrine para patrocinadores e novos talentos.
Como a USTA pretende melhorar a experiência dos fãs em 2026?
A associação anunciou investimentos em tecnologia de ingressos digitais, melhorias na acessibilidade das áreas de público e uma expansão das zonas de alimentação sustentável, tudo para tornar o evento ainda mais atraente para um público global.
Williane Mendes
outubro 9, 2025 AT 02:26Ao celebrarmos o feito histórico de Sabalenka, é impossível não notar como a consistência de seu forehand agressivo mudou a dinâmica dos rallies de fundo de quadra.
Os números de break points convertidos na final – 7 de 11 – evidenciam uma capacidade mental de elite, algo que poucos conquistam na era dos power players.
Além do aspecto técnico, a postura da bielorrussa, equilibrando potência e estratégia de reposição, eleva o padrão de preparação física nos Grand Slams.
Este marco também reforça a presença crescente do tênis feminino na mídia global, inspirando jovens atletas a perseguirem o topo do ranking.
Em suma, a defesa do título no US Open reforça a narrativa de que o jogo de Sabalenka transcende a simples contagem de títulos, tornando-se um modelo de resiliência.
Luciano Pinheiro
outubro 9, 2025 AT 04:06Ver Sabalenka levantar a taça com tanta energia me fez lembrar da importância de manter o foco mesmo nos momentos de pressão extrema.
O troca‑de‑raios de 20 tie‑breaks consecutivos demonstra uma inteligência de jogo que vai muito além da força física.
Ao lado disso, o apoio da equipe – fisioterapeutas, treinadores e analistas – foi crucial para sustentar o alto nível durante todo o torneio.
Essa vitória nos mostra que o tênis, mais que um esporte, é uma aula de disciplina e colaboração.
Sandra Regina Alves Teixeira
outubro 9, 2025 AT 05:46É inspirador observar como Sabalenka conseguiu romper a barreira que tantas grandes jogadoras enfrentaram ao defender o US Open.
Ela provou que a combinação de agressividade controlada e visão de jogo pode derrubar qualquer obstáculo, inclusive a pressão psicológica pós‑Wimbledon.
Para as jovens da nossa região, esse triunfo simboliza que o caminho para o topo está aberto a quem se dedica com coragem e disciplina.
Que possamos levar essa energia para as quadras locais, incentivando mais meninas a perseguirem o sonho de um Grand Slam.
Vamos celebrar esse marco como um convite à ação coletiva no desenvolvimento do tênis nacional.