Quando Odete Roitman, a vilã‑empreendedora da novela, foi brutalmente assassinada com um revólver na suíte presidente do Copacabana Palace na noite de segunda‑feira, 6 de outubro de 2025, o Brasil inteiro ficou em suspense.
A cena aconteceu no capítulo 163 de Vale Tudo, exibido pela TV Globo. A atriz Débora Bloch interpretou a empresária até o último suspiro, enquanto a produção garantiu que o mistério fosse preservado até o final.
O motivo? A própria criadora, Manuela Dias, quer reviver o fenômeno cultural que, em 1989, parou o país inteiro com a pergunta "Quem matou Odete Roitman?". Mas, desta vez, o desfecho não será o mesmo da versão original.
Contexto histórico: de 1989 ao remake de 2025
Na estreia da novela em 1989, a morte de Odete Roitman virou um dos maiores eventos da televisão brasileira. A suspeita recaiu inicialmente sobre Leila, interpretada por Cássia Kis, mas o verdadeiro assassino só foi revelado no último capítulo, gerando filas de fãs em frente às televisões.
Três décadas depois, a reedição tenta captar a mesma ansiedade coletiva. "É como se o país fosse brincar de detetive novamente", comentou o crítico de TV, João Carlos de Souza, em entrevista ao Jornal da Globo.
Detalhes da cena do crime no capítulo 163
No luxuoso corredor do Copacabana Palace, a câmera acompanha Odete enquanto tenta negociar com a figura encapuzada que a aponta a arma. “Ninguém vai me matar”, disse ela, mas o som do disparo ecoou pelo salão, silenciando a trama.
Os produtores gravaram dez finais diferentes para garantir que nenhum vazamento estragasse a surpresa. "Estou sendo chantada pela minha filha até o garçom", brincou Manuela Dias ao ser questionada sobre os bastidores.
Além da arma, detalhes como a escolha da suíte presidente – um espaço reservado para diplomatas e celebridades – foram intencionais, reforçando o tom de poder e vulnerabilidade simultâneos.
Os cinco principais suspeitos
Manuela revelou que apenas cinco personagens permanecem no centro das investigações. Cada um tem motivos diferentes, criando um tabuleiro de xadrez emocional:
- Maria de Fátima – interpretada por Bella Campos, irmã distante que disputa a herança da família Roitman.
- Marco Aurélio – antigo sócio de negócios, sempre ressentido com a agressividade de Odete.
- Leila – a mesma personagem que matou Odete em 1989, agora tentando limpar o nome da família.
- César (Cauã Reymond) – sobrinho ambicioso, visivelmente abalado no funeral.
- Olivo (Ricardo Teodoro) – gerente do hotel, que conhecia os segredos da suíte.
Outros personagens, como Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira), observam o desenrolar com desconfiança, mas não são oficialmente suspeitos.
O funeral e a continuação da investigação
O enterro de Odete ocorreu dois dias depois, no capítulo exibido em 8 de outubro de 2025. O cortejo foi marcado por um caixão fechado, símbolo de mistério ainda não desvendado.
Durante a cerimônia, chegou a presença do Delegado Mauro (interpretado por Claudio Jaborandy) e do investigador Alcides (Fifo Benicasa). Ambos observaram atentamente as reações de César, que depositou flores sobre o túmulo, e de Celina, que olhava fixamente para o viúvo.
O comportamento de Maria de Fátima, que não compareceu ao funeral, foi apontado como ponto de atenção. "A ausência pode significar culpa ou medo", analisou o investigador Alcides.
Impacto cultural e expectativas para o desfecho
O suspense volta a dominar as redes sociais. Hashtags como #QuemMatouOdete e #ValeTudo2025 bombaram no Twitter logo após a exibição do capítulo 163. A audiência da TV Globo subiu 12% em relação ao episódio anterior, refletindo o fascínio do público.
Especialistas em mídia sugerem que a estratégia de múltiplos finais pode redefinir o modus operandi de novelas futuras, incentivando uma interação mais profunda entre telespectadores e roteiristas.
Os próximos capítulos prometem revelar pistas adicionais, como a descoberta de um manuscrito antigo na suíte, que poderia apontar para um motivo financeiro oculto.
Próximos passos da trama
A produção prometeu que, até o final da temporada, todos os mistérios serão esclarecidos, mas sem revelar quem realmente puxou o gatilho. "A gente quer que a gente mesmo descubra junto com o público", afirmou Manuela Dias.
Enquanto isso, os atores mantêm silêncio absoluto, reforçando a atmosfera de suspense. O próximo episódio, previsto para 10 de outubro, deve trazer o primeiro grande “reviravolta”.
Perguntas Frequentes
Qual é a importância da morte de Odete Roitman para a cultura brasileira?
A cena de 1989 marcou a primeira vez que um mistério de novela trouxe o país inteiro à pausa nas televisões. O retorno em 2025 busca reviver esse efeito coletivo, reforçando a novela como fenômeno social que ainda influencia discussões sobre poder e moralidade.
Quem são os principais suspeitos do assassinato?
Os cinco suspeitos centrais são Maria de Fátima (Bella Campos), Marco Aurélio, Leila, César (Cauã Reymond) e Olavo (Ricardo Teodoro). Cada um tem um motivo distinto, desde disputa de herança até ressentimentos profissionais.
Como a produção garantiu o suspense até o final?
Foram gravados dez finais diferentes, e a equipe de roteiro manteve o segredo usando uma política de isolamento entre elenco e produção. Até hoje, apenas a autora Manuela Dias revelou que cinco personagens permanecem suspeitos.
Qual o papel da TV Globo nessa reedição?
A TV Globo investiu em produção de alto nível, trazendo atores consagrados e cenografia luxuosa, como a suíte do Copacabana Palace. A emissora também utilizou suas plataformas digitais para alimentar o debate nas redes sociais.
O que se espera para os próximos capítulos?
Os próximos episódios devem revelar novas pistas – como um manuscrito encontrado na suíte – e aprofundar as motivações dos suspeitos. O objetivo é manter a audiência engajada até o grande desfecho previsto para o final da temporada.
vinicius alves
outubro 8, 2025 AT 02:54O clima de suspense tá parecendo Black Friday de cliques, né? Essa trama virou combustível pro hype da novela.
Lucas Santos
outubro 10, 2025 AT 10:27Em termos de construção narrativa, a produção demonstra um domínio exemplar da técnica de cliffhanger, proporcionando ao espectador uma expectativa prolongada. 🧐
Larissa Roviezzo
outubro 12, 2025 AT 18:00Sério que eles tão de volta com a mesma receita, mas com visual todo chique parece até novela de luxo eu adoro quando a gente fica na expectativa, é tipo aquele drama que não sai da cabeça
Luciano Hejlesen
outubro 15, 2025 AT 01:34Observando a meticulosa escolha da suíte presidencial, compõe-se uma alegoria da própria decadência da elite brasileira, um verdadeiro espetáculo de poder e vulnerabilidade. 😏🎭
Marty Sauro
outubro 17, 2025 AT 09:07Ah, claro, porque nada diz 'drama' como um tiroteio no Copacabana Palace, né? Só falta a banda tocar 'I Will Survive' ao fundo.
Aline de Vries
outubro 19, 2025 AT 16:40é muito legal ver a galera ainda pedindo dica pra descobrir quem fez isso, vamo ficar de olho e apoiar o show.
edson rufino de souza
outubro 22, 2025 AT 00:14Não é por acaso que a produção escolheu o Copacabana, ponto de encontro dos poderosos, e ainda soltou mil finais pra confundir a população, claramente um plano da elite pra manter o controle da narrativa.
Ryane Santos
outubro 24, 2025 AT 07:47A decisão de gravar dez finais diferentes demonstra uma estratégia de marketing altamente sofisticada, que vai além do simples entretenimento. Esse movimento cria um efeito de aleatoriedade que prende a atenção do público, que se sente parte de um experimento social. Além disso, a multiplicidade de desfechos permite que os roteiristas explorem diferentes linhas psicológicas dos personagens envolvidos. Cada suspeito tem motivação bem delineada, o que faz a investigação parecer quase um caso real de criminologia televisiva. O fato de a cena ocorrer em um local icônico como a suíte presidente do Copacabana Palace adiciona camadas de simbolismo de poder e decadência. A produção investiu em cenografia de alto nível, o que eleva a credibilidade da sequência e aumenta o imersivo da trama. É interessante notar como a narrativa reutiliza elementos da versão de 1989, ao mesmo tempo que introduz novas pistas, como o manuscrito antigo encontrado na suíte. Essas pistas podem indicar um motivo financeiro oculto, sugerindo que o assassinato pode ter raízes em negócios ilícitos. O uso de múltiplos finais também serve como uma forma de teste A/B, permitindo que a equipe de roteiro avalie a reação do público em tempo real. As redes sociais, com hashtags como #QuemMatouOdote, funcionam como um laboratório de feedback instantâneo que molda o futuro da novela. Os espectadores, ao debaterem teorias, criam uma comunidade participativa que aumenta a taxa de retenção da audiência. Esse tipo de engajamento pode ser estudado por especialistas de mídia como um novo paradigma de narrativa interativa. Entretanto, há o risco de que a trama se torne excessivamente complexa, afastando espectadores menos engajados. Se a produção não equilibrar mistério com clareza, pode acabar gerando frustração e queda de audiência. No final, a aposta é que o suspense prolongado renda mais publicidade, licenciamento e, claro, lucros para a emissora. Portanto, vale observar como cada pista se encaixa no mosaico maior, pois o desfecho final pode mudar o rumo da história televisiva brasileira.
Lucas da Silva Mota
outubro 26, 2025 AT 15:20Se o ponto é analisar a cena, vamos ser sinceros, todo esse discurso de simbolismo soa como pretensão barata, não passa de efeito visual.
Verônica Barbosa
outubro 28, 2025 AT 22:54Esse drama tudo é puro nacionalismo exagerado.
Jeff Thiago
outubro 31, 2025 AT 06:27A estratégia de múltiplos finais representa uma inovação metodológica no gênero das telenovelas, permitindo uma análise comparativa dos impactos narrativos sobre diferentes segmentos demográficos, ao mesmo tempo que oferece um campo fértil para pesquisas acadêmicas sobre a influência da interatividade televisiva.
Circo da FCS
novembro 2, 2025 AT 14:00Mas realmente essa abordagem parece mais um truque de marketing que conteúdo real
Savaughn Vasconcelos
novembro 4, 2025 AT 21:34A profundidade analítica que você trouxe realmente ilumina o panorama, porém ainda resta a questão de como o público interno reagirá à complexidade proposta, e isso pode redefinir padrões futuros.
Rafaela Antunes
novembro 7, 2025 AT 05:07certo mas o estilo formalkk ta meio esquisito né
Marcus S.
novembro 9, 2025 AT 12:40Em suma, a produção demonstra domínio técnico e audacioso ao manipular expectativas, embora o risco de saturação narrativa seja latente.
João Paulo Jota
novembro 11, 2025 AT 20:14Ah, claro, porque nada demonstra patriotismo como ficar obcecado com cliffhangers, viu? #BrasilTop