Lula confirma: horário de verão não volta em 2025; boatos são fake

Lula confirma: horário de verão não volta em 2025; boatos são fake
Luana Bassaneze 1 outubro 2025 1 Comentários

Quando Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República afirmou que o horário de verão permanecerá suspenso em 2025, a internet explodiu em teorias da conspiração. O anúncio oficial veio em 18 de setembro de 2025, através do Ministério de Minas e Energia, que deixou claro que não há data prevista para retomar a medida, apesar da "chuva de especulações" que circulou no WhatsApp e nas buscas do Google nos últimos meses.

Contexto histórico do horário de verão no Brasil

O horário de verão foi usado no país entre 1931 e 2019, com interrupções. Sua última fase começou em 2018 e foi encerrada em 2019, quando o governo anterior decidiu suspender a prática por falta de ganhos significativos na conta de energia.

Na década de 1980, a lógica era simples: atrasar o relógio fazia com que as pessoas tomassem banho mais tarde, reduzindo o consumo de água quente e, consequentemente, de eletricidade, que naquela época era dominada por chuveiros e lâmpadas incandescentes.

Posicionamento oficial do Governo em 2025

Em comunicado divulgado no site oficial, o Ministério de Minas e Energia declarou: "O tema do horário de verão continua sendo avaliado, mas não há qualquer decisão que indique sua volta em 2025". A mensagem foi acompanhada de um infográfico que mostrava a evolução da demanda elétrica nos últimos dez anos, destacando a queda de 12% no consumo de energia residencial entre 2010 e 2024.

Além disso, o governo ressaltou que a política energética atual foca em ampliar a capacidade de geração renovável – solar, eólica e hidrelétrica – e em melhorar a eficiência das redes de transmissão.

Análise de especialistas sobre a energia hoje

Fernando Nakagawa, analista de Economia da CNN Brasil explicou que a discussão mudou de foco. "Hoje a conversa gira em torno da oferta de energia solar e dos ventos, não mais da demanda de chuveiros", disse ele, lembrando que nos anos 80 a preocupação era exatamente a oposta.

Ele acrescentou que, com a popularização dos ar‑condicionados, o consumo de energia passou a ser impulsionado por aparelhos de alta potência, mas que a real questão agora é garantir energia suficiente nas usinas fotovoltaicas durante períodos de baixa irradiância.

Na visão de Nakagawa, a medida poderia até ter algum benefício marginal em situações de crise, mas "não há mercado de energia tão apertado que justifique retomar o relógio".

Desinformação nas redes: o que circulou

Mensagens virais no WhatsApp alegavam que o governo havia decidido reinstaurar o horário de verão apenas nas regiões Sul e Sudeste, com início previsto para novembro de 2025. As mensagens incluíam imagens falsificadas de supostos decretos presidenciais.

Agências de checagem como Agência Lupa e o site Boatos.org desmentiram a informação, mostrando que não há nenhum documento oficial que respalde o rumor.

Como conclusão, Nakagawa recomendou que os brasileiros "não mudem o relógio" até que haja um comunicado oficial, enfatizando que a incerteza gerada por boatos pode até afetar hábitos de consumo e a confiança no setor elétrico.

Impactos e perspectivas futuras

Para a população, a permanência do horário de verão suspenso significa manter a rotina de luz natural nas manhãs, o que pode reduzir a necessidade de iluminação artificial. Para as empresas de energia, o foco continua em diversificar a matriz e melhorar a previsão de geração solar e eólica.

  • Consumo residencial de energia caiu 12% nos últimos 10 anos.
  • Capacidade instalada de energia solar atingiu 20 GW em 2024.
  • As vagas de ar‑condicionado cresceram 8% ao ano entre 2018 e 2024.
  • O Ministério de Minas e Energia ainda não definiu data para reavaliar o horário de verão.

Enquanto isso, a busca por "horário de verão 2025" no Google permaneceu nas primeiras posições até a divulgação oficial, sinalizando que o interesse público ainda é alto.

Próximos passos do governo

O próximo grande ponto de atenção será a reforma do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (PIFAE), prevista para discussão no Congresso ainda em 2025. Caso a proposta avance, o país poderá contar com mais 5 GW de energia renovável até 2030, reduzindo ainda mais a necessidade de medidas como o horário de verão.

Por ora, a mensagem é clara: não há previsão de mudança, então ajuste seu relógio quando o governo realmente disser algo.

Perguntas Frequentes

Por que o horário de verão foi suspenso no Brasil?

A medida foi encerrada em 2019 porque os estudos apontaram redução insignificante no consumo de energia, enquanto o impacto sobre a saúde e o bem‑estar da população era negativo.

Quais foram as principais fontes que desmentiram o boato?

Agências de checagem como a Agência Lupa e o site Boatos.org analisaram as alegações e concluíram que não há nenhum decreto ou comunicado oficial que confirme o retorno do horário de verão em 2025.

Como a mudança no consumo de energia influencia a discussão?

Hoje o foco está na geração de energia solar e eólica, que dependem de condições climáticas. A demanda de ar‑condicionado cresceu, mas a oferta renovável tem compensado, reduzindo a necessidade de medidas como o horário de verão.

Quando o governo poderá reavaliar o horário de verão?

Não há calendário definido. O Ministério de Minas e Energia afirmou que o tema está em avaliação permanente, mas qualquer mudança dependerá de estudos futuros e de decisões legislativas.

Qual o impacto da permanência do horário de verão suspenso para a população?

Os brasileiros continuam com horários mais alinhados à luz natural, o que pode reduzir custos de iluminação nas residências e manter a rotina de sono mais estável, sem a necessidade de ajuste de relógios dois vezes ao ano.

1 Comentários

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    Lauro Spitz

    outubro 1, 2025 AT 18:32

    Ah, claro, porque mudar o relógio resolve tudo 😏

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