Zero a zero. Sem gols, sem emoção aparente, mas com muito em jogo. México e Uruguai terminaram o amistoso realizado no sábado, 15 de novembro de 2025, no Estádio Nuevo Corona, em Torreón, sem que ninguém conseguisse abrir o placar. A partida, válida como preparação para a Copa do Mundo de 2026, foi um espelho da realidade de ambas as seleções: organizadas, cautelosas, mas com dificuldade em finalizar. E isso não é só um problema técnico — é um sinal de alerta para os torcedores que esperam mais do que defesa no Mundial que será sediado em solo mexicano.
Posse, chutes... e nada no fundo da rede
O México dominou as estatísticas como quem quer convencer a torcida de que está no caminho certo: 53% de posse de bola, 418 passes (86% de precisão), 11 chutes — três deles no gol. O Uruguai, por outro lado, jogou com menos bola, mas com mais intenção. Apenas 3 chutes, mas dois na direção certa. E mesmo assim, nenhuma das duas equipes conseguiu superar a solidez defensiva do adversário. Foi um jogo de quem teme errar mais do que quem quer ganhar. O técnico mexicano pareceu priorizar a organização coletiva, enquanto o uruguaio apostou na contra-ataque, mas sem os gols que costumam vir das pernas de Facundo Torres ou Diego Lainez.Brasileiros em campo: o Uruguai que vive no Brasil
Aqui está um detalhe que poucos notaram, mas que diz muito sobre o futebol atual: três titulares do Uruguai atuam no futebol brasileiro. O lateral-esquerdo Piquerez e o meio-campista Emiliano Martínez, ambos do Palmeiras, e o lateral-direito Guillermo Varela, do Flamengo, foram titulares. O atacante Facundo Torres, também do Palmeiras, entrou no segundo tempo — e foi, talvez, o jogador que mais chegou perto de decidir o jogo. Ainda assim, não foi suficiente. O fato de o Uruguai contar com tantos jogadores atuando no Brasil não é acidente: é estratégia. O Campeonato Brasileiro é uma escola de ritmo, intensidade e pressão — exatamente o que o time uruguaio precisa para a Copa do Mundo.Cartões e tensão: o jogo se tornou físico
Se o placar não abriu, a tensão cresceu. Sete cartões amarelos foram distribuídos — quatro para o México, três para o Uruguai — e o jogo ficou cada vez mais ríspido nos últimos 20 minutos. O capitão mexicano Edson Álvarez levou o primeiro amarelo aos 38 minutos, e logo depois, Nahitan Nández respondeu pelo Uruguai. No fim, Guillermo Varela foi o último a ser advertido, aos 93 minutos, quase como um sinal de que a partida poderia ter terminado em confusão. Nenhum escanteio. Nenhuma penalidade. Apenas 90 minutos de futebol sem inspiração, mas com muita disciplina.Passado recente: Uruguai leva vantagem, México busca recuperação
Nos últimos cinco confrontos entre as duas seleções, o Uruguai venceu quatro. O México só levou a melhor em um deles — e foi justamente em um amistoso, em 2023. Mas aqui está o contraste: enquanto o Uruguai chega com confiança, mesmo empatando, o México vem de uma série preocupante. Em seus dois últimos amistosos, antes desse, perdeu para o Japão e empatou com a Colômbia — sem marcar um único gol. A defesa, no entanto, é um ponto forte: apenas 12 gols sofridos em 18 jogos, média de 0,67 por partida. Isso mostra que o time mexicano sabe se proteger. Mas será que isso basta para avançar na Copa do Mundo? A pergunta fica no ar.
O que vem a seguir: dois jogos decisivos em 17 de novembro
Enquanto o México enfrenta o Paraguai no Alamodome, em San Antonio, às 22h30 (horário de Brasília), o Uruguai já está em campo contra os Estados Unidos, no Raymond James Stadium, em Tampa, às 21h. Ambos os jogos são cruciais. O México precisa de resultados positivos para ganhar confiança. O Uruguai, por sua vez, quer provar que ainda é uma ameaça real no cenário sul-americano. O futebol não espera. E a Copa do Mundo de 2026 não está longe.Por que esse empate importa?
Não foi um jogo bonito. Não foi um jogo emocionante. Mas foi um jogo revelador. O México ainda não encontrou seu ataque. O Uruguai ainda não encontrou seu ritmo. Ambos sabem que a Copa do Mundo será diferente: em casa, para o México; fora, para o Uruguai. E em um Mundial, a defesa vence partidas, mas só os gols vencem campeonatos. Se os dois times não melhorarem sua eficiência ofensiva nas próximas semanas, a fase de grupos pode ser mais dura do que qualquer um imagina.Frequently Asked Questions
Por que o México não marcou, mesmo dominando a posse de bola?
O México teve 11 chutes, mas apenas três foram no gol — e todos foram facilmente defendidos pelo goleiro Santiago Mele. O problema não foi a posse, mas a falta de criatividade na área. Raúl Jiménez, o centroavante titular, foi isolado e não recebeu passes decisivos. A equipe precisa de um jogador que consiga criar espaço e finalizar, algo que não aconteceu nesse jogo.
Quais jogadores do Uruguai atuam no Brasil e por que isso é importante?
Três titulares uruguaios jogam no Brasil: Piquerez e Emiliano Martínez (Palmeiras) e Guillermo Varela (Flamengo). Isso é importante porque o Campeonato Brasileiro exige alta intensidade, ritmo acelerado e adaptação à pressão — características essenciais para a Copa do Mundo. Esses jogadores já estão acostumados com o nível físico exigido no Mundial, o que dá ao Uruguai uma vantagem tática.
Qual foi o impacto da entrada de Facundo Torres no segundo tempo?
Facundo Torres, do Palmeiras, entrou aos 46 minutos e foi o jogador que mais se aproximou da meta mexicana. Criou duas oportunidades claras, incluindo um chute cruzado que passou por centímetros da trave. Ele é o tipo de jogador que pode decidir jogos em momentos decisivos — e seu desempenho mostrou que o Uruguai tem uma opção ofensiva real, mesmo sem marcar.
Por que o jogo teve tantos cartões amarelos?
A tensão cresceu à medida que o tempo passava e os gols não vinham. Jogadores dos dois lados começaram a forçar as entradas, tentando interromper o fluxo do adversário. O Uruguai, mais agressivo na marcação, e o México, mais nervoso ao perder a bola, acabaram acumulando faltas. Sete cartões foram um reflexo da pressão psicológica de ambos os times.
O empate 0 a 0 prejudica as chances do México na Copa do Mundo?
Sim, se não for corrigido. O México precisa de mais eficiência ofensiva. Mesmo com uma defesa sólida, não pode depender apenas disso em um Mundial. Em 2022, o time foi eliminado por uma equipe que não tinha tanta posse de bola, mas sabia finalizar. Se não melhorar a qualidade dos passes na área e a movimentação dos atacantes, pode enfrentar dificuldades até na fase de grupos.
O Uruguai ainda é uma ameaça real na Copa do Mundo de 2026?
Com certeza. Mesmo sem marcar, o Uruguai mostrou organização defensiva e qualidade individual. A presença de jogadores que atuam no Brasil e a experiência de jogadores como José Giménez e Nahitan Nández dão ao time maturidade. Se o ataque encontrar o ritmo — e Facundo Torres se consolidar como protagonista —, o Uruguai pode chegar longe na competição.
Aron Avila
novembro 17, 2025 AT 01:53Zero a zero? Sério? Isso é futebol ou uma reunião de contabilidade?
Deu até sono assistindo.
Se isso é preparação pra Copa, melhor nem ir.
Eu queria ver gol, não um jogo de xadrez com chuteiras.
Ligia Maxi
novembro 17, 2025 AT 20:15Eu fiquei pensando se o México tá com medo de ganhar ou só não sabe mais como fazer gol... O Uruguai tá no mesmo barco, mas pelo menos eles têm jogadores que já jogam no Brasil, então tá mais acostumado com o ritmo. Piquerez e Varela são os caras que fazem a diferença, mesmo sem marcar. E o Facundo Torres? Ele tá quase lá, só falta um toque de gênio. Mas o técnico mexicano tá tão focado em não perder que esqueceu que o futebol é pra ser divertido. E eu tô falando de um time que tem o Jiménez, que é capaz de fazer o impossível... mas só se receber o passe certo. E não recebeu. Nenhum. Nenhum passe quebrando a linha de defesa. Nada. E aí? Aí o time todo fica parado, como se tivesse medo de errar. E isso é pior do que perder. É como se o futebol tivesse virado um jogo de evasão. E não é mais futebol. É medo com chuteiras.
Elaine Gordon
novembro 18, 2025 AT 22:07Os dados estatísticos apresentados no artigo são consistentes com o desempenho histórico das duas seleções nos últimos cinco anos. A média de finalizações precisas do Uruguai (0,67 por jogo) supera a do México (0,52), o que indica uma maior eficiência ofensiva, mesmo em contextos de baixa posse. A presença de três titulares no futebol brasileiro proporciona adaptação ao ritmo físico exigido em competições de alto nível, conforme demonstrado em estudos da CBF sobre jogadores sul-americanos atuando no Brasil. A ausência de gols não reflete falha tática, mas sim a eficácia defensiva mútua, que, em jogos de preparação, é intencionalmente priorizada.
Andrea Silva
novembro 20, 2025 AT 12:00Se o Uruguai tá com três caras jogando no Brasil, isso é uma vantagem real mesmo. O campeonato aqui é o mais duro da América do Sul. A pressão, o calor, a torcida, o ritmo... isso prepara melhor do que qualquer treino. E o Facundo Torres? Ele tá no Palmeiras, então já sabe o que é jogar em um estádio lotado com 50 mil gritando. O México tá com medo de errar, mas o Uruguai tá acostumado a errar e ainda assim vencer. A gente vê isso no futebol brasileiro todo dia: o time que não tem bola, mas tem coragem, acaba levando a melhor. A Copa do Mundo não é só de posse. É de coragem. E o Uruguai tem isso de sobra.
Gabriela Oliveira
novembro 22, 2025 AT 05:57Zero a zero? Claro que sim. É tudo planejado. Vocês acham que o México e o Uruguai realmente não conseguiram marcar? Não. Eles estão escondendo algo. O futebol moderno é controlado por corporações. A FIFA quer um Mundial sem muitos gols no começo pra criar suspense. E os jogadores do Uruguai que jogam no Brasil? Tá vendo? Eles foram escolhidos por um motivo. O Palmeiras e o Flamengo têm vínculos com grupos que financiam a seleção. Isso não é coincidência. É uma operação. E o fato de não ter nenhum escanteio? Isso é suspeito. Escanteio é a única forma de marcar sem precisar de criatividade. Eles tiraram isso do jogo. Por quê? Porque querem que a gente se esqueça que o verdadeiro futebol já morreu. Eles estão vendendo um espetáculo. E nós? Nós estamos sendo enganados. O 0 a 0 é só a ponta do iceberg.
ivete ribeiro
novembro 24, 2025 AT 00:55Zero a zero? Que poesia triste. É como se o futebol tivesse virado um ensaio de Beckett com chuteiras.
Os caras jogam como se tivessem medo de tocar na bola, como se ela fosse um fósforo que pode pegar fogo. O México tem a posse de um filósofo, o Uruguai tem a intenção de um ex-presidiário. E o Facundo Torres? Ele tá lá, tentando ser o único ser humano naquela grama. Mas aí vem um zagueiro mexicano e o abraça como se fosse um abraço de despedida. E o pior? Ninguém nem notou. A gente tá vivendo o fim do futebol. E todos estão aplaudindo em silêncio.
Vanessa Aryitey
novembro 25, 2025 AT 18:49Esse empate 0 a 0 é a metáfora perfeita da humanidade moderna: todos querem controlar, mas ninguém quer arriscar. O México tem a posse, mas não tem coragem. O Uruguai tem a vontade, mas não tem espaço. E no fim, ninguém ganha. Ninguém perde. Só existe o vazio. O futebol era um reflexo da vida. Agora é um reflexo da depressão coletiva. E o pior? Ninguém quer ver isso. Todo mundo quer um gol, mas ninguém quer enfrentar o fato de que talvez o verdadeiro jogo seja o silêncio. A bola não foi pra rede porque a alma dos jogadores não estava lá. E isso é mais triste do que qualquer derrota.
Talita Gabriela Picone
novembro 26, 2025 AT 19:07Eu sei que parece chato, mas olha só: o México e o Uruguai estão se preparando pra algo gigante. O empate não é fracasso, é estratégia. Eles estão testando o que funciona. O Uruguai tá com jogadores que já vivem o calor daqui, então tá no ritmo certo. O México tá aprendendo a se defender melhor - e isso é importante. Não é bonito, mas é real. E o Facundo Torres? Ele tá no caminho. Só precisa de um pouco mais de confiança. A gente tá vendo o início de algo grande. A Copa não vai ser fácil, mas esses times estão construindo algo. E eu acredito. Ainda dá tempo. Ainda tem esperança. Ainda tem futebol.
Evandro Argenton
novembro 26, 2025 AT 21:54Esse jogo foi tipo aquele encontro que a gente marca e acaba só olhando pro celular. Ninguém fala, ninguém faz nada, mas todo mundo tá lá. O México tá com a bola, mas tá com medo de falar. O Uruguai tá quieto, mas tá pronto pra gritar. E o Facundo Torres? Ele tá ali, tentando ser o único que não tá com medo. Mas aí o árbitro apita e tudo volta ao silêncio. Eu acho que o futebol tá assim agora. Todo mundo tá com medo de ser o primeiro a se arriscar. E o pior? A gente tá acostumado. Isso virou normal.
Adylson Monteiro
novembro 27, 2025 AT 01:01Zero a zero? Claro, porque o México tá com medo de ganhar - e o Uruguai tá com medo de perder. Mas quem é que tá mandando nisso? A FIFA? Os patrocinadores? O que isso tem a ver com futebol? Isso é um show. Um show de medo. E os caras que jogam no Brasil? São só peças de um jogo maior. O Palmeiras e o Flamengo não são clubes, são bases de operação. O Facundo Torres não é um jogador, é um agente. E o empate? É um sinal. Um sinal de que tudo isso é controlado. Você acha que é coincidência que não teve escanteio? Que não teve pênalti? Que não teve gol? Não. É tudo planejado. E você, que tá lendo isso, acha que tá vendo futebol? Não. Você tá vendo uma farsa. E aí? Você vai continuar assistindo?
Carlos Heinecke
novembro 28, 2025 AT 03:45Zero a zero? Isso não é futebol, isso é uma aula de como não jogar. O México tem 11 chutes e só 3 no gol? Isso é um desastre técnico. O Uruguai tem 3 chutes e 2 no gol? Isso é um milagre. E o Facundo Torres? Ele tá lá, tentando ser o único que ainda acredita. Mas o técnico dele tá mais preocupado em não perder do que em ganhar. E o pior? Ninguém tá falando disso. Todo mundo tá só olhando pro placar. Mas o que importa é o que tá dentro da cabeça deles. O México tá com medo. O Uruguai tá com raiva. E o futebol? O futebol tá morto. E aí? Quem vai enterrar ele?
Aline de Andrade
novembro 28, 2025 AT 13:23Na análise tática contemporânea, o empate 0-0 reflete uma convergência de paradigmas defensivos de alta densidade espacial. O México, com 86% de precisão de passes, demonstra domínio estrutural, enquanto o Uruguai, com 3 chutes direcionados, aplica o modelo de contra-ataque de baixa intensidade de posse. A presença de jogadores da liga brasileira (Piquerez, Martínez, Varela) configura um vetor de adaptação ao futebol de alta pressão, conforme estudos de performance da CBF. A ausência de gols não implica ineficiência, mas sim a eficácia de sistemas de contenção. A Copa do Mundo exigirá mais do que posse - exigirá resiliência e decisões em espaços reduzidos. O Uruguai já está nesse nível. O México, ainda não.
Fabiano Oliveira
novembro 29, 2025 AT 09:45É curioso como o artigo menciona a falta de gols como se fosse um fracasso, mas ignora que o futebol moderno é, cada vez mais, uma questão de equilíbrio. O México tem a posse, mas não tem criatividade. O Uruguai tem a intenção, mas não tem espaço. E o Facundo Torres? Ele é o único que tenta. E mesmo assim, não foi suficiente. Mas isso não é um fracasso. É um aviso. Um aviso de que o futebol está mudando. E talvez, só talvez, o verdadeiro caminho não seja marcar mais, mas não ser marcado. E isso, talvez, seja mais difícil do que parece.
Bruno Goncalves moreira
novembro 29, 2025 AT 15:45Eu acho que o empate 0 a 0 foi justo. Os dois times estão se preparando. O México tá aprendendo a se defender. O Uruguai tá aprendendo a ser mais rápido. E o Facundo Torres? Ele tá no caminho certo. Não precisa de gol pra mostrar que tá bom. Só precisa de tempo. E a gente tem tempo. A Copa tá chegando, mas ainda dá pra melhorar. Acho que esse jogo foi só o começo. E eu acho que vai dar certo. A gente tem que acreditar.